Projeto Chalé Literário discute prevenção de suicídio entre jovens
Em alusão ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, transcorrido em 10 de setembro, o projeto Chalé Literário levou, na manhã desta terça-feira, 17, a palestra de “Prevenção de Suicídio entre Jovens” à Biblioteca Pública Municipal Avertano Rocha, em Icoaraci.
A programação é uma realização da Prefeitura de Belém, por meio do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS-Icoaraci) e da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), e que reuniu jovens das escolas municipais Avertano Rocha, Liceu Mestre Raimundo Cardoso e Professor Jorge Lopes Raposo, localizadas naquele distrito.
Ação – A palestra teve o objetivo de conscientizar e sensibilizar os alunos da rede de ensino público para a prevenção do suicídio. “Muitos jovens relatam que se sentem sozinhos. Então, eles precisam conhecer a rede de atendimento e a equipe técnica disponível para recebê-los no Centro”, explicou Andra Navarro, assistente social do Cras de Icoaraci.
Para Samira Sá, aluna do segundo ano da escola Municipal Professor Jorge Lopes Raposo, a ação é uma forma de mostrar os meios que a pessoa pode buscar para se sentir apoiada e compreendida. “É importante esse apoio dos órgãos públicos e da escola, para que a família seja sensibilizada e consiga perceber quando seu filho precisa de apoio”, apontou Samira.
Durante a palestra, os jovens puderam falar abertamente de dificuldades que enfrentam no dia a dia. “O estímulo ao diálogo e à quebra de tabus dentro de casa e na sociedade contribuem para mudar a realidade de inquietação de muitos jovens”, destacou Lilian Azevedo, professora da escola Municipal Avertano Rocha.
A psicóloga Paula Hinvaitt, do Cras-Icoaraci, pontuou alguns comportamentos que precisam ser observados nos jovens. “O isolamento, a perda de interesse por atividades, descuido com aparência, mudanças marcantes de hábitos, o mau desempenho escolar ou no trabalho, alterações no sono e no apetite podem indicar que a pessoa precisa de acompanhamento de um profissional”, explicou.
“Qualquer pessoa que precise de assistência pode procurar o Cras, pois trabalhamos no fortalecimento do vínculo familiar e comunitário, para identificarmos as vulnerabilidades sociais, que podem levar jovens e adultos ao suicídio”, explicou Paula Hinvaitt.
Assistência – O Cras promove o acesso a serviços assistenciais de Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social em locais de vulnerabilidade social, buscando ajudar às famílias, por meio de assistências como serviço de convivência, oficinas e palestras do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família, prevenção de diversos tipos de violência, opressão, violação de direitos e incentiva o fortalecimento de vínculos familiares e afetivos.
Amanda Cardoso